Três dos 57 detidos na cidade da Matola em conexão com os tumultos dos passados dias 1 e 2 de Setembro de 2010, restituídos à liberdade pelo Tribunal Judicial da província do Maputo, ponderam incriminar o Estado, acusando-o de prática de prisão arbitrária a cidadãos inocentes.
Eles querem também que os agentes da PRM que os prenderam respondam em juízo pela prática do mesmo crime, segundo Arquímedes João, do Gabinete de Advocacia da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), realçando que a sua instituição está em condições de dar assistência jurídica aos mesmos cidadãos para serem ressarcidos dos seus direitos violados aquando da sua detenção e permanência nas celas policiais.
João lamentou, entretanto, a falta de colaboração das autoridades policiais das cidades de Maputo e Matola no fornecimento de dados numéricos de pessoas mortas e/ou feridas durante as manifestações, bem como a sua localização.
A fonte indicou, por outro lado, estar a LDH a concluir a elaboração de um relatório contendo o resumo de ocorrências daqueles dias e práticas incorrectas dos agentes da lei e ordem durante as manifestações.