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Liberdade de imprensa volta a piorar em Moçambique

Ainda sem reflectir o desaparecimento do jornalista da Rádio comunitária de Palma Ibraimo Mbaruco, raptado recentemente pelas Forças de Defesa e Segurança, Moçambique caiu no novo ranking mundial da liberdade de imprensa, compilado pelos Repórteres sem Fronteiras (RSF).

Mantendo a tendência decrescente que iniciada em 2015 o nosso país caiu do 103ª para a 104ª no ranking mundial da liberdade de imprensa divulgado nesta terça-feira (21), os Repórteres sem Fronteiras denunciam “fortes pressões” e “agressões frequentes” a jornalistas independentes.

A RSF destaca ainda a “quase impossibilidade” de os jornalistas acederem a Província de Cabo Delgado, que desde 2017 é aterrorizada por grupos armados que atacam vilas, destroem habitações e infra-estruturas públicas e tem assassinado centenas de civis.

Embora refira os dois jornalistas moçambicanos detidos durante quatro meses em 2019 o ranking mundial da liberdade de imprensa não inclui o desaparecimento do jornalista da Rádio comunitária de Palma.

Ibraimo Mbaruco foi raptado no passado dia 7 de Abril pelas Forças de Defesa e Segurança e é mantido detido no Distrito de Macomia.

Os Repórteres sem Fronteiras apontam também que é cada vez mais difícil para os jornalistas estrangeiros obterem acreditações para trabalhar em Moçambique.

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