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Lançada primeira colectânea sobre Geração 8 de Março

fds-Leandro-Paul

Quarenta e oito anos depois do histórico “Chamamento da Pátria”, a cidade de Maputo acolheu, sábado, 31 de Maio de 2025, o lançamento oficial da primeira colectânea “Geração 8 de Março: Memórias Marginais”, um livro que reúne 54 testemunhos inéditos de jovens moçambicanos que, a partir de 1977, decidiram colocar os interesses do País acima dos seus projectos pessoais, tornando-se protagonistas da reconstrução nacional.

A cerimónia decorreu no antigo Centro 8 de Março, hoje Seminário São Pio X, espaço simbólico onde ocorreram muitos dos factos relatados na obra. Perante colegas oitomarcistas, familiares, académicos e convidados, os coordenadores da colectânea, Almiro Lobo e Leandro Paul, agradeceram a confiança dos restantes co-autores e destacaram o compromisso de, através do livro, preservar uma memória plural, pedagógica e inclusiva.

“Com este livro, quebrámos um silêncio de quase cinquenta anos. Estes testemunhos resgatam aventuras e dilemas vividos por adolescentes que, nalguns casos com apenas 17 anos, assumiram responsabilidades imensas. Ao partilharmos estas experiências, enriquecemos a consciência histórica do País”, afirmou Leandro Paul, um dos coordenadores da obra, com mais de 200 páginas e com imagens da época.

Ao evocar as memórias de um tempo marcante, os co-autores da colectânea também reafirmaram o compromisso de transformar essas vivências em legado. Para eles, mais do que recordar o passado, trata-se de continuar a intervir no presente e a inspirar o futuro.

“Pertencemos à geração da utopia. Continuamos ao serviço da Pátria, mesmo reformados. Acreditamos que as nossas experiências podem ainda inspirar e educar os jovens para uma cidadania responsável, íntegra e inclusiva”, frisaram os coordenadores da “Geração 8 de Março: Memórias Marginais”.

Em representação do reitor do Seminário São Pio X, antigo Centro 8 de Março, que acolheu o evento, o padre Manuel Mucaúro destacou o simbolismo do local, bem como a relevância da obra e da geração homenageada, que desempenhou um papel decisivo na construção de Moçambique, abrindo caminho para os que vieram depois.

“Esta é a geração que aceitou o convite da Nação para deixar os seus sonhos particulares e comprometer-se com o sonho colectivo de edificar um País. Somos herdeiros desse gesto. Por isso, esta obra é uma forma de consolidar essa memória”, afirmou.

Sublinhando o papel da religião na formação integral do ser humano, o representante do reitor do Seminário considerou que livros deste género contribuem para o ensino, a cidadania e o fortalecimento da história nacional. “Um livro é sempre uma riqueza, pois forma o presente e ilumina o futuro. Ao acolhermos este lançamento, reiteramos o nosso compromisso com a formação de homens e mulheres conscientes do seu papel na sociedade”, disse.

A cerimónia de lançamento contou com o apoio do Standard Bank.

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