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Lançada em Maputo campanha contra abuso sexual da rapariga

A Associação pela Preservação dos Direitos da Rapariga (APDR) lançou, esta Segunda-feira (15), na cidade de Maputo, uma campanha sobre a Protecção da Rapariga do Abuso Sexual e Assédio, com o objectivo de combater este mal que afecta a muitas meninas nas escolas do país.

O acto acontece dias depois da celebração do Dia Internacional da Rapariga. Segundo a presidente da APDM, Mónica de Jesus, nos últimos tempos muitas raparigas ou adolescentes encontram-se numa situação desoladora em relação ao problema em alusão. É pela primeira vez que lança este tipo de iniciativa.

“É inaceitável o índice de violações sexuais que se regista no país. Cada dia ouvimos relatos de vítima de violação sexual, algo que já está a virar normal numa sociedade cuja decadência de valores humanos está a se acentuar”, disse sem no entanto referir os números que mostram tais índices de preocupação.

As comunidades sobretudo as famílias, nas palavras de Mónica de Jesus, são, às vezes, cúmplices dos abusos sexuais e assédios de que têm sido vítimas porque os protagonistas desses actos são conhecidas e familiares.

“A partir do momento que nós nos calamos e ocultamos os violadores, estamos a ser cúmplices. Ainda há que se sensibilizar as pessoas para se aperceberem de que estes actos são desabonatórios e inaceitáveis numa vida em sociedade”.

Por seu turno, Adelina Vitanisso, do Fórum Mulher, elogiou a iniciativa uma vez que vai contribuir no combate à violência sexual das raparigas, nalgumas vezes pelos próprios familiares.

Para Maria Paula da Vera Cruz, coordenadora do Comité da Mulher e do Jovem (COMUJOPROF) “infelizmente, nas escolas os actos de abuso sexual são perpetrados pelos professores e outros funcionários. Eles assediam as alunas mediante algumas promessas, o que não raras vezes instiga relações sexuais forçadas ou sem o pleno consentimento da rapariga. Isto é imoral e atropela gravemente deontologia profissional”.

Aquele comité referiu que num passado recente desenvolveu campanhas contra o abuso sexual da rapariga na educação com vista a despertar a sociedade para os malefícios desta prática.

Refira-se que a campanha sobre a Preservação dos Direitos da Rapariga vai ser anual, e inclui palestras sobre a matéria de abuso sexual da rapariga. Incidirá sobre as escolas e comunidades, numa primeira fase na cidade e província de Maputo e depois gradualmente pelo resto país.

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