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LA Lakers campeões da NBA

LA Lakers campeões da NBA

Kobe Bryant carregava nos ombros o peso de ter de ser decisivo. Tinha todos os olhares voltados na sua direção. Tinha o sonho de conquistar o seu quinto anel. Mas teve também uma sombra que o acompanhou em quadra e atendia pelo nome de Ray Allen. E ela foi incansável. Mas apesar da dificuldade imposta, o Los Angeles Lakers acreditou.

Superou-se diante de um Boston Celtics mais bem organizado e conquistou seu 16º título com 4 a 3 na melhor de sete, dentro de casa, numa noite onde não houve um herói, como de costume, mas uma equipa de heróis. Com a vitória por 83 a 79 (34 a 40 ao intervalo), os Lakers conseguem manter-se no topo pelo segundo ano consecutivo, e aproximam-se do número de títulos do adversário (tem 17) e vingam-se da derrota sofrida em 2008.

E mesmo que não tenha rendido o que esperava, Kobe terminou a partida como melhor marcador com 23 pontos e 15 ressaltos. Além de ter se igualado a Magic Johnson em número de títulos vestindo a camisa amarela e roxa, ele foi novamente eleito o MVP das finais. “Foi o mais difícil título que ganhei. A cidade queria muito. Hoje saí um pouco do jogo porque queria muito vencer. Este é o troféu mais doce porque foi de novo contra eles (Celtics) e repito, foi o mais difícil” disse o craque.

O nervosismo parecia ser o maior adversário das duas equipes no primeiro quarto. Os arremessos saíam desequilibrados ou não davam nem em aro. Kobe Bryant sofria marcação dupla e não encontrava espaços para abrir contagem. Enquanto isso, os companheiros aproveitavam a maior liberdade para fazer o que seu principal marcador só conseguiu depois de nove minutos. Exatamente no momento em que os Celtics soltavam-se no jogo. A contribuição decisiva veio do banco. Com a entrada de Glen Davis no lugar de Rasheed Wallace, o Boston melhorou sua defesa e abriu nove pontos de frente: 23 a 14.

Até que a agressividade trocou de lado. Os Lakers lutavam por cada bola, por cada ressalto. Vontade traduzida em 11 pontos seguidos contra nenhum do rival. Atônito com a reação, o Boston cometia erros. Kevin Garnett voava para fora da quadra tentando salvar um bola e quase atropelou o ator Jack Nicholson na primeira fila.

A equipe precisou de cinco minutos para sair do zero, com um cesto do armador Rajon Rondo. Que pôs fim também ao apagão momentâneo. Paul Pierce chamou a responsabilidade e ajudou a retomar o comando do placar: 40 a 34. Sem muita resistência, a equipa conseguiu construir uma vantagem confortável. Enquanto os anfitriões forçavam demais os lances de três e Ray Allen seguia fechando a porta para Kobe, os Celtics fugiam 11 pontos (47 a 36). Ron Artest, que passou a ser a opção ofensiva dos Lakers, tentava diminuir o prejuízo causado pela desorganização no ataque.

Do outro lado, a casa estava arrumada. O que fazia Kobe não conseguir mais esconder a sua irritação a cada vez que via o marcador se mover. Se não acertava nada lá na frente, a estrela da equipa tentava dar sua contribuição nos ressaltos. As falhas do adversário também abriram caminho para a diferença cair: 57 a 53. Um lance livre cobrado por Ron Artest recolocou o Los Angeles no jogo (61 a 61).

Pau Gasol – gigante na partida com 19 pontos e 18 ressaltos -, lutava no garrafão e dava nova chance para que seus companheiros tivessem mais sucesso em um próximo arremesso. E eles passaram a retribuir o esforço. Dois lances livres de Kobe, seguido de um cesto colocaram os Lakers à frente (68 a 64) a cinco minutos do fim. E a equipe não olhou mais para trás. Esteve mais atenta à marcação e foi minando as forças do Boston Celtics, que passou o último período pendurado com faltas e amargando bolas no aro.

No último minuto, os arremessos de três passaram a ser a única arma do time visitante. Restando 15s, encostou no marcador (81 a 79), mas Sasha Vujacic sofreu falta e converteu seus lances e viu Rondo errar o lance de três.

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