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Kalisz, o delfim de Phelps, celebra o primeiro ouro

Como todos os nadadores da sua geração, o norte-americano Chase Kalisz cresceu a idolatrar Michael Phelps, a lenda das piscinas mundiais que revolucionou a história olímpica com 23 medalhas de ouro (e 28 no total, em quatro edições dos Jogos). Mas, ao contrário dos outros, Kalisz teve um privilégio único: foi o parceiro de treino nos últimos anos competitivos da Bala de Baltimore, sob alçada do treinador que moldou o melhor nadador de todos os tempos, Bob Bowman. Nesta quarta-feira, o delfim assumiu o legado do ídolo e conquistou o primeiro ouro mundial para o seu currículo, nos 200 metros estilos.

Numa das provas preferidas de Michael Phelps, e na qual o domínio norte-americano em mundiais de piscina longa se estende desde 2003 – repartido entre Phelps (três títulos) e o rival Ryan Lochte (os últimos quatro) -, Chase Kalisz, de 23 anos, prolongou em Budapeste essa superioridade dos Estados Unidos que parecia posta em causa com a reforma definitiva de Phelps e a suspensão de Lochte.

Kalisz nadou em 1.55,56 minutos e superou os rivais asiáticos que completaram o pódio: o japonês Kosuke Hagino – que no verão passado, nos Jogos do Rio 2016, já tinha sido o segundo classificado, atrás de Phelps – e o chinês Wang Shun. No fim, celebrou, eufórico, batendo com os braços na água, à boa maneira de Michael Phelps.

“O Michael e o Ryan foram peças fundamentais da tradição dos EUA nesta prova ao longo dos últimos 15 anos e a perspetiva de eu poder quebrar essa corrente acabou por me dar uma motivação extra, para o evitar”, referiu a nova sensação americana, acrescentando: “Se me dissessem há uns meses que este iria ser o meu primeiro título mundial, ter-me-ia rido. Era uns três segundos mais lento do que agora.” De resto, Chase Kalisz, que conseguiu a sua primeira medalha de ouro numa grande competição internacional, vai ainda competir nos 400 estilos, a sua prova preferida.

Além de Chase Kalisz, os EUA tiveram ontem mais motivos para celebrar: Caeleb Dressel, de 20 anos, tornou-se o novo rei dos 100 metros livres, com a marca de 47,17 segundos; já Katie Ledecky voltou ao lugar mais alto do pódio, fechando a vitória americana na estafeta dos 4×200 livres femininos (quinta medalha dos campeonatos para Ledecky, quarta de ouro).

Destaque ainda para o primeiro título mundial da espanhola Mireia Belmonte, que venceu os 200 metros mariposa e completou a tripla coroa (campeã olímpica e europeia em título, também), numa prova em que a heroína da casa, Katinka Hosszú, foi apenas terceira. Nos 50 metros costas brilhou a brasileira Etiene Medeiros, pernambucana de 26 anos que se tornou a primeira nadadora feminina do Brasil a ganhar um título mundial de piscina longa. A portuguesa Victoria Kaminskaya foi 20.ª nas séries dos 200 m bruços.

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