Um tribunal de Nova Délhi condenou nesta quarta-feira à morte três homens por sequestrar, estuprar e assassinar uma jovem de 19 anos em 2012, cujo corpo foi encontrado com sinais de intensa tortura num descampado três dias após o seu desaparecimento.
Os condenados à morte – Rahul (27 anos), Ravi (23) e Vinod (23) – sequestraram a jovem num bairro do sul de Nova Délhi quando se ela ia para casa após sair do trabalho na cidade satélite de Gurgaon, segundo as TVs locais “NDTV” e “PTI”. Três dias depois, em 12 de fevereiro, a polícia encontrou o corpo mutilado: os homens haviam queimado a vítima com cigarros, introduzido uma garrafa quebrada na sua vagina, atirado ácido no seu rosto e retirado os olhos da jovem com uma chave de fenda.
Rahul e Ravi, que são irmãos, haviam planeiado o sequestro da jovem como “vingança” por ela rejeitar as suas investidas amorosas, segundo a promotoria, que ressaltou que nenhum dos condenados manifestou qualquer arrependimento.
O juiz encarregado do caso, Virender Bhat, havia declarado culpados aos acusados na semana passada e hoje, ao emitir o veredito, justificou a condenação em que se trata de um caso “rarest of the rare” (“o mais raro dos raros”). Sob essa condição é permitida a aplicação da pena de morte a condenados por crimes de particular brutalidade na Índia, onde após sete anos sem execuções a presidência do país suspendeu em 2011 essa moratória.
As informações sobre estupros na Índia aparecem todos os dia nos veículos de imprensa, fruto da consciência criada pelo estupro em grupo e morte de uma estudante universitária em Délhi em 16 de dezembro de 2012.