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Júri de Nova York não indicia o policial branco que matou um negro desarmado

Um júri de Nova York decidiu não indiciar um policial que matou um homem negro desarmado com uma chave de braço enquanto tentava prendé-lo por vender cigarros ilegalmente, informou um advogado da família da vítima, esta quarta-feira (3).

A decisão veio à tona somente uma semana e meia depois de um júri do Missouri tomar a mesma medida em relação a um policial branco que matou um jovem negro num incidente que despertou tensões raciais. Eric Garner, de 43 anos e pai de seis filhos, morreu a 17 de Julho em Staten Island, o menor distrito de Nova York, depois os policiais o terem imobilizado com uma chave de braço.

O legista da cidade determinou que a morte foi um homicídio. O manual de patrulhamento do Departamento de Polícia de Nova York proíbe esse tipo de imobilização, que afirma ser perigosa. O advogado de direitos civis Jonathan Moore, que representa a família de Garner, disse ter sido informado que nenhum processo seria aberto contra o policial branco, Daniel Pantaleo, que aplicou o golpe em Garner.

O júri vinha analisando o caso Garner desde Agosto, e Pantaleo testemunhou diante do júri durante duas horas a 21 de Novembro, de acordo com o seu advogado. O confronto mortal foi registado num vídeo que logo espalhou-se pela Internet e ajudou a atiçar as discussões sobre como a polícia dos Estados Unidos usa a força, especialmente contra minorias.

Cynthia Davis, chefe da Rede de Acção Nacional de Staten Island, ao ouvir a decisão de liberar o policial no caso Garner, declarou: “Por favor, não me diga isso”. Ela recusou-se a fazer mais comentários.

O porta-voz do promotor federal de Staten Island Daniel Donovan não foi encontrado de imediato para comentar. Ao declarar que a morte de Garner foi um homicídio, o legista disse que os policiais mataram-no ao comprimir o seu pescoço e o seu peito.

Os seus problemas de saúde, como asma e obesidade, também influenciaram, disse. A Associação Benevolente do Patrulheiros, o sindicato municipal da polícia, insiste que os policiais agiram correctamente e nos termos da lei.

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