Uma junta tailandesa adiou nesta terça-feira as eleições gerais por pelo menos seis meses, horas após a ex-Primeira Ministra Yingluck Shinawatra ser proibida de viajar para o exterior, levantando dúvidas sobre o prometido regresso à democracia.
O vice-Primeiro Ministro, Wissanu Krea-ngam, instaurado após os militares tomarem poder em Maio do ano passado, disse a repórteres que as eleições vão acontecer no mínimo em Agosto de 2016 para permitir um referendo sobre uma nova Constituição. “Acontecerá por Agosto ou em Setembro”, disse. O governo havia informado antes que a votação aconteceria em Fevereiro de 2016.
Após tomar poder, a junta ficou sob pressão interna e internacional para realizar eleições, as quais dizem que só pode acontecer sob uma nova Constituição. Autoridades designadas pela junta para esboçar a Constituição recomendaram que um referendo seja feito para tornar pública a voz final do projecto para restauração do regime democrático.
Críticos dizem que a ideia tem como objectivo excluir a poderosa família Shinawatra da política.

