O líder da junta militar que promoveu um golpe de Estado no Mali prometeu restabelecer a constituição do país do oeste africano e as instituições do Estado antes de organizar a transferência do poder de volta a mãos civis a partir deste domingo.
Países vizinhos do oeste africano deram à junta, formada depois do golpe de 22 de março, prazo até meia noite deste domingo para começar a transferência do poder sob pena de enfrentar sanções que incluem o encerramento de fronteiras ao redor do país, que não tem saída para o mar e depende de exportações.
“Estamos a fazer um compromisso solene de restabelecer, a partir de hoje, a constituição malinesa de 25 de fevereiro de 1992 e as instituições da república”, disse o líder da junta, Amadou Sanogo, em comunicado lido a jornalistas reunidos em barracas militares instaladas na região da capital Bamaco.
Sanogo disse que a junta concordou em consultar forças políticas locais para criar um órgão de transição com o “objetivo de organizar eleições pacíficas, livres, abertas e democráticas nas quais não participaremos”.
O principal objetivo do golpe promovido pelos militares foi aumentar a ofensiva contra rebeldes no norte do país. Mas o golpe fracassou de forma espetacular, incentivando a aliança de nômades Tuaregue e islâmicos a conquistar novo território.
