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Julgamento do ex-ditador chadiano Habré é adiado até Setembro

O julgamento do ex-ditador chadiano Hissène Habré, acusado de crimes contra a humanidade, foi adiado nesta terça-feira em Dacar até o próximo 7 de Setembro para que os seus novos advogados tenham tempo para preparar a defesa. Assim decidiu o tribunal após designar três novos advogados depois que a defesa do ex-ditador não compareceu a audiência.

Os novos advogados de Habré solicitaram um prazo de 45 dias para preparar o caso e, apesar das reservas da Procuradoria e da oposição das vítimas, o tribunal especial criado em Dacar acordou concedê-lo porque assim prevê a legislação senegalesa.

O representante legal das vítimas advertiu que atrasar o julgamento favorece o acusado, que “está fazendo todo o possível para evitar seu enfrentamento” com os afectados.

“O julgamento não deve ser sequestrado por Habré”, disse o advogado da acusação, William Bourbon.

Por sua vez, o procurador garantiu ter a mesma a preocupação das vítimas, embora tenha admitido que o tribunal tem obrigação de conceder moratória diante de um pedido da defesa.

Os três advogados foram designados pelo tribunal depois que os letrados do ex-ditador não compareceram em audiência.

O ex-mandatário, que dirigiu o Chade com punho de ferro entre 1982 e 1990, é acusado de ordenar o assassinato de 40 mil pessoas e de dirigir um programa sistemático de torturas que afectou outras 200 mil. Hissène Habré foi presidente do Chade entre 1982 e 1990, quando foi derrubado pelo actual presidente do país, Idriss Déby Itno.

Desde então, viveu exilado no Senegal, onde foi posto sob prisão domiciliar em 2005 e preso em 2013 pelos crimes cometidos durante sua ditadura.

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