A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve três jovens acusados de abusar sexualmente de uma mulher que sofre de epilepsia, no fim-de-semana passado, no bairro Bunhiça, município da Matola.
Epilepsia é uma doença cerebral caracterizada pela suspensão súbita e momentânea da acção do coração ou interrupção da respiração, das sensações e dos movimentos voluntários.
O estupro aconteceu na noite de sexta-feira (07) enquanto a vítima tinha o gozo pleno das suas faculdades mentais, por isso, ela reconheceu os seus agressores e apontou-os, um a um, primeiro aos familiares e depois à Polícia.
De acordo com os parentes da jovem, esta saiu de casa na companhia de amigos para uma diversão algures. Era a repetição e um acto que a ofendida pratica regularmente contra a vontade dos pais e encarregados de educação.
Aliás, uma das suas irmãs revelou que, por várias vezes, a jovem teria sido alertada sobre o perigo que corria por se fazer à rua na companhia de pessoas não de confiança e à noite, sobretudo.
A vítima contou que um dos malfeitores proferiu ameaças de morte, alegando que caso ela gritasse, ele iria tirar a vida a alguns parentes delas, e coragem para tal não lhe faltava. A Polícia também não lhe metia medo.
Um dos abusadores admitiu que manteve cópula com a miúda mas não recorreu à força. Pelo contrário, houve negociação entre os dois e consumado o acto, deixou a miúda nas mãos do seu comparsa. O que se passou depois, ele não sabe.
O porta-voz da PRM, na província de Maputo, Fernando Manhiça, disse que os incriminados deverão responder pelo crime que pesa sobre eles, pois os exames médicos provaram que houve estupro. Ademais, a vítima é uma doente.