Jornalistas de diferentes órgãos de informação e representantes de organizações que trabalham em prol de liberdade de Imprensa, a nível da região norte, participam desde esta segunda-feira (11) em Nampula numa formação sobre o planeamento estratégico, advocacia e prevenção de crimes de Imprensa.
Durante três dias, os cerca de 20 participantes serão dotados de ferramentas legais, que constam na Constituição da República e na Lei de Imprensa para uma melhor abordagem jornalística nos seus locais de trabalho.
Segundo Arsénio Manhice, especialista da mídia na IREX (Programa para o Fortalecimento da Media), o domínio legal apresenta-se deficitário no seio de alguns profissionais de comunicação social.
De acordo com a fonte, muitos jornalistas sabem que a injúria, a difamação e a calúnia são crimes de Imprensa mas eles desconhecem o seu real alcance. Também não conhecem os mecanismos que se podem adoptar quando outras pessoas cometem crimes que possam influenciar negativamente no exercício da sua profissão.
Um dos principiais objectivos da advocacia tem a ver com a necessidade da reforma das Leis de Imprensa e sobre crimes contra segurança do Estado. A apresentação deste tema irá permitir que os participantes do curso tenham maior domínio dos aspectos que devem ser revistos nos próximos tempos em Moçambique.
Uma formação do género teve lugar no passado mês de Junho, na cidade do Maputo, envolvendo jornalistas e representantes das Associações da midia da zona sul. A cidade da Beira será palco do terceiro curso, ainda este ano. Refira-se que o Programa de Fortalecimento da Midia é financiado pelo governo americano e implementado pela IREX Moçambique.