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Jazz a reboque do “Macarroni”

Olá a todos! Oopps…! Meio a tropeçar, lá começou a 6ª edição do Jazz Moçambique Itália.

Pode parecer de menos importância, mas creio que a ordem das palavras tem a sua razão de existir. Porque somos os banqueteadores, não no contexto literário, pois a iniciativa parece chegar de Itália, e porque parece, também, que o “cash” não seja nosso, apesar de um dos apoios vir dos CFM, empresa pública, o festival tem a designação Itália Moçambique. Somente detalhes!

A ideia é excelente, porque assenta num intercambio em que músicos moçambicanos e italianos, que durante um semana preenchida com actuações e oficinas de aprendizagem e ensino, coabitam com o único objectivo da divulgação da corrente musical que é o Jazz.

Este facto só de per si representa um ganho, primeiro para os músicos moçambicanos que encontram, neste período, oportunidade para por a prova a quantas é que andam na execução, rodagem e conhecimento deste estilo musical; segundo, o público da capital, sedento deste tipo de apresentações, tem a oportunidade de apreciar músicos estrangeiros e sobretudo moçambicanos que aparecem em apresentações surpreendentes e algo sugestivas.

O arranque foi mesmo a tropeçar porque se calhar o formato escolhido não ajudou, pois apresentou-se o alinhamento das bandas numa noite em que cada uma delas executava dois temas numa espécie de Demos ou Samplers, como se de um “cheirinho” se tratasse, não dando, por isso, tempo suficiente para se sentir a tenacidade entre os músicos, sobretudo os estrangeiros.

No entanto, a grande surpresa veio do lado moçambicano em que as formações, num jeito atrevido, apresentaram temas de autoria com execuções interessantes, embora em termos de calibração do som continuem a prevalecer dificuldades, a adicionar o facto de uma das formações ter surpreendido pela positiva no seu Set Up de elementos.

Esta mesma formação, Mozila Project, provocou uma viragem em relação àquilo que foi o teor musical, inclinando-se mais para um sabor Soul Jazz, com fortes referência do Blues.

Porque esta é a oportunidade que os músicos moçambicanos têm de testar o seu nível de conhecimento da linguagem jazzística, coisas como Footsprint, da lenda viva Wayne Shorter, é matéria de conhecimento obrigatório.

Para as próximas edições que tal Gianluigi Troveso, Gianni Coscia para nos darem um flavor mais apurado de um bom macarroni bem cozinhado, pois já dizia um amigo meu, no outro dia, não é prato fácil. Jazz também não!

Entretanto, vivam mais festivais!

Abraços, beijos e carinhos.

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