A possibilidade de um verão sem energia de nuclear no Japão aproxima-se, quando um dos dois reatores restantes será desligado na segunda-feira para manutenção, levantando preocupações sobre uma crise de energia caso nenhum dos reatores que foram tirados de linha após a crise de Fukushima seja reiniciado.
Ativistas contrários à energia nuclear podem aplaudir a perspectiva de que os reatores que forneceram cerca de 30 por cento da eletricidade ao Japão antes do desastre de março de 2011 serão desligados. Mas especialistas dizem que as empresas terão que suportar um fardo custoso e que limites obrigatórios para o uso de energia podem ser necessários para evitar apagões.
A Tokyo Electric Power, operadora da planta de Fukushima, desligará o seu último reator em operação, a unidade número 6 na planta de Kashiwazaki Kariwa, deixando em linha apenas um dos 54 reatores do Japão.
O único reator restante, o Hokkaido Electric Tomari número 3, está programado para sair de linha em 5 de maio para manutenção, informou neste domingo o jornal Yomiuri.
Preocupações com a segurança mantiveram os reatores que foram submetidos a manutenção regular impedidos de voltar à operação após o desastre de Fukushima, desencadeado por um enorme tsunami em março do ano passado.
Dezenas de milhares de pessoas foram evacuadas das suas casas. O governo está empenhado em fazer alguns reatores voltarem a funcionar, mas primeiro deve persuadir os desconfiados moradores de que as plantas são seguras.
O governo estimou que o Japão pode enfrentar uma escassez de energia de 9,2 por cento neste verão (no hemisfério norte), ou de 16,6 milhões de quilowatts, se todos os reatores nucleares forem desligados e se medidas não forem tomadas. Mas ele disse também que a maior parte dessa lacuna poderá ser preenchida se medidas como o aumento de fornecimento de energia a partir de plantas de combustíveis fósseis e de energia solar, bem como a economia de energia, forem tomadas.