O Porto do Maputo vai iniciar, em Fevereiro do próximo ano, a implementação do projecto-piloto de “janela única electrónica”, um sistema electrónico célere de desembaraço aduaneiro, e que tem em vista trazer enormes vantagens competitivas, incluindo uma eficaz capacidade de resposta ao fluxo de mercadorias no Corredor de Desenvolvimento do Maputo.
Esta informação foi prestada pelo presidente do pelouro da Política Fiscal e Comércio Internacional na CTA – Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Kekobad Patel, à margem da VI Assembleia-Geral da Iniciativa Logística do Corredor do Maputo (MCLI), realizada esta quarta-feira em Maputo.
Neste momento, referiu Kekobad Patel, estão em curso trabalhos de recolha de opiniões dos intervenientes no processo, por forma a garantir que o sistema possa satisfazer as especificidades de cada operador, cumprindo com os objectivos de desenvolvimento do corredor do Maputo, dentro do contexto de logística e transporte rodoviário, ferroviário, postos fronteiriços, portos e terminais.
“Vemos com muito agrado o desenvolvimento do Corredor do Maputo, pois quanto maior for a eficiência do porto maiores serão as oportunidades para a economia do país”, frisou Patel, que representa a CTA na comissão não-executiva da MCLI. Acrescentou que “os investimentos realizados a nível do corredor só podem ser valorizados se os procedimentos forem modernizados”.
Prevê-se que com estes investimentos o Porto do Maputo recupere as grandes companhias de navegação que abdicaram dos seus serviços, recorrendo a outros portos da região, devido a constrangimentos logísticos, afectando o movimento de carga e de passageiros no corredor.
Por seu turno, António Macamo, representante do CPI – Centro de Promoção de Investimento no MCLI, disse que esta organização joga um papel particularmente importante para os países servidos pelo corredor, uma vez que funciona como facilitador do crescimento económico e integração regional.
Contando com a participação de mais de 200 representantes de operadores do serviço de transporte e logística de Moçambique, África do Sul e Suazilândia, a VI Assembleia-Geral da MCLI debruçou-se sobre o cometimento, por parte dos empresários, no aumento de investimentos na região e na utilização cada vez crescente do Porto do Maputo, através da remoção de impedimentos de origem burocrática e corrupção que levam os empresários a optarem por vias alternativas de escoamento de cargas.