Por reunirem requisitos exigidos para a sua elegibilidade, sete empresas moçambicanas de prestação de serviços obtiveram, recentemente, do Ministério da Indústria e Comércio (MIC), o direito de uso do selo “Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique”.
Com efeito, as empresas Continental Cleaners, Delcom Consultoria e Serviços, Liasse e Serviços e Sociedade Unipessoal, Nweba, Perfect Clean, Perfect Security e Uassea, juntaram-se às 212 empresas já certificadas, que ostentam a marca Made in Mozambique, totalizando 219, na cidade de Maputo e a nível nacional 462.
São elegíveis a este selo, empresas que reúnam requisitos como a utilização significativa de recursos nacionais nos processos de produção, o cumprimento da legislação aplicável no país e a adopção de uma cultura de qualidade, através da implementação de sistemas de gestão de qualidade.
Presidida pelo ministro da Indústria e Comércio, a cerimónia de entrega dos respectivos selos às sete empresas teve lugar, sexta-feira, 20 de Novembro, nas instalações do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), em Maputo.
Na ocasião, o governante referiu que o acto constitui o reconhecimento do Governo a estas empresas na perspectiva da valorização dos produtos e serviços nacionais e, igualmente, pelo compromisso destas no processo de melhoria contínua das práticas de negócio, pois, a elegibilidade deverá ser mantida por todo o período dos cinco anos de validade da concessão.
A economia moçambicana, conforme enfatizou o ministro, apresenta algumas cadeias de valor descontínuas no sentido de que as matérias-primas são exportadas em bruto e importa-se componentes e produtos intermédios e acabados que são obtidos de matérias-primas da mesma natureza daquelas que o país exporta.
“Preferir produtos nacionais e factores de produção nacionais é realmente sentir-se parte do processo de desenvolvimento da nossa economia, mas, além deste aspecto patriótico, o consumo de produtos nacionais significa buscar o melhor para nós, para as nossas famílias e empresas, pois assegura a criação de mais postos de emprego”, frisou Carlos Mesquita.
Intervindo em representação das sete empresas certificadas, Eugênia Langa, directora geral da empresa Nweba, considerou que o reconhecimento resulta do esforço dos diferentes stakeholders que diariamente trabalham para a construção de uma base sustentável, visando impulsionar a economia do País, através do crescimento empresarial.
“É nosso entendimento que a atribuição do selo Made In Mozambique significa a transição para uma nova etapa no percurso histórico das nossas empresas rumo ao desenvolvimento sustentável”, disse.
Numa outra abordagem, Eugênia Langa referiu-se aos desafios e à responsabilidade que a atribuição do selo representa no mundo empresarial e na economia no geral. “Todos nós estamos conscientes de que o ano de 2020 foi atípico.
O nosso País e o mundo foram assolados pela pandemia da Covid-19, o que exigiu de muitos de nós um esforço redobrado, resiliência e uma nova maneira de estar no mercado interno. Entretanto, se vislumbra uma luz de esperança quando sabemos que podemos contar com o apoio do Governo em iniciativas como estas”, concluiu.