Cento vinte e quatro técnicos superiores, dos quais 37 mulheres e 87 homens, foram, último Sábado (01), em Maputo, graduados pelo Instituto Superior de Transportes e Comunicações (ISUTC).
Os graduados, com grau de licenciatura, são para as áreas de Engenharia Civil e de Transporte, Engenharia Informática e de Telecomunicação, Engenharia Mecânica e de Transporte, Gestão e Finanças, entre outras de nível pós-graduação.
O reitor do ISUTC, Fernando Leite, endereçou congratulações àqueles que têm feito do ISUTC um espaço de busca da ciência e da tecnologia para melhor servir o país. Desafiou, no entanto, aos estudantes, docentes e aos graduados para que assumam a responsabilidade e o empenho de fazer face às descobertas dos recursos minerais em curso.
Na sequência, Fernando Leite sugeriu aos diplomados a enveredarem pelo empreendedorismo como forma de contornar o desemprego ante o crescente número de graduados e um mercado cada vez mais exigente.
O ISUTC, segundo o seu reitor, ressente-se da falta de equipamento laboratorial para aulas práticas, situação que tem interferido sobremaneira na formação.
Por sua vez, o Primeiro-Ministro, Aires Aly, considerou que o ISUTC tem estado a formar dentro dos planos almejados pelo Governo para desenvolver o país. Como forma de prosseguir com esse desiderato, pede que as empresas e os empregadores apoiem aquela instituição.
Em relação ao sector de transportes e comunicações, o governante disse que o país precisa de recursos humanos nestas áreas, principalmente para os transportes rodoviários e ferroviários no escoamento de produtos do país para a África e resto do mundo vice-versa.
Transformar dificuldades em desafios
O ministro dos Transporte e Comunicações, Paulo Zucula, insistiu, durante a sua intervenção, que os formados não devem só se preocupar em trabalhar nas cidades. Devem, sim, virar as atenções para os distritos e mostrarem as suas capacidades no empreendedorismo.
“Nos dias de hoje, os recém-formados querem estar nos gabinetes e a auferir salários elevados. Este tipo de pensamento é errado. Urge combatê-lo”, insurgiu-se Zucula, para quem as dificuldades por que passam algumas instituições do ensino superior em Moçambique devem ser transformadas em desafios.
Para o ministro, o debatido problema da qualidade do ensino em Moçambique exige intervenção de todos, pois “a todos nós afecta”. Os graduados disseram, na sua mensagem colectiva, que o ISUTC muniu-lhes de ferramentas suficientes para encarar os desafios impostos pelo mercado de trabalho.
Para além de aceitarem trabalhar em qualquer canto do vasto Moçambique, assumiram ainda a missão de pôr em prática os conhecimentos adquiridos durante a formação e contribuir no desenvolvimento nacional.