As autoridades israelitas disseram que pretendem levar adiante, esta semana, os planos para a construção de 6.000 novas moradias para colonos em terras reivindicadas pelos palestinos, apesar das críticas de governos ocidentais que vêem nessas obras um novo empecilho à paz na região.
Irritado com o reconhecimento implícito da soberania palestina pela Assembleia Geral da ONU, numa votação realizada no mês passado, Israel anunciou que irá ampliar os seus assentamentos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.
Um comité de planeamento do Ministério do Interior deu, Segunda-feira (17), a sua aprovação preliminar para a construção de 1.500 novas casas no assentamento de Ramat Shlomo.
A comissão iniciará agora as discussões sobre outras 4.400 casas a serem construídas noutros dois assentamentos, Givat Hamatos e Gilo, num processo que pode se estender até a próxima semana, segundo um porta-voz ministerial.
Israel inclui os três assentamentos como parte do município de Jerusalém, embora eles estivessem em terras da Cisjordânia capturadas por Israel na guerra de 1967. Os palestinos vêem os assentamentos como obstáculos na busca por um Estado viável, que tenha capital em Jerusalém Oriental.
“A actividade colonizadora é unilateral e completamente adversa para a viabilidade continuada de uma solução com dois Estados , e para a possibilidade de que o nosso povo continue a existir”, disse, Segunda-feira, à Reuters o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad.
A maioria dos países considera os assentamentos ilegais, e as potências ocidentais ficaram especialmente incomodadas pela intenção de Israel de construir na E-1, uma faixa de terra entre Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, onde antes as obras eram evitadas por causa da pressão dos EUA.