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Israel ameaça atacar a Síria se os rebeldes conseguirem armas químicas

Qualquer sinal que indique que a Síria está a perder o controle sobre as suas armas químicas na sua luta contra rebeldes armados pode desencadear ataques militares israelitas, disse o vice-primpério-ministro israelita, este Domingo (27).

Silvan Shalom confirmou relatos da mídia que afirmam que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou, semana passada, uma reunião de chefes de segurança para discutir a guerra civil na Síria e o estado do seu suposto arsenal químico.

Israel e os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) dizem que a Síria tem armazéns de armas químicas em quatro locais.

A Síria é cautelosa sobre a veracidade dessa acusação mas diz que se realmente tiver armas químicas, mantém-nas seguras e as usa apenas para afastar ataques estrangeiros.

A reunião israelita, Qarta-feira, não foi publicamente anunciada e foi vista como incomum uma vez que ocorreu ao mesmo tempo em que os votos das eleições parlamentares realizadas no dia anterior eram contados. O pleito foi vencido pelos partidos da base de Netanyahu com uma margem estreita.

Se as guerrilhas do Hezbollah do Líbano ou rebeldes que batalham forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad, obterem as armas químicas da Síria, Shalom disse a uma rádio israelita: “Alteraria dramaticamente as capacidades destas organizações”.

Esse desenvolvimento representaria “a ultrapassagem de todos os limites que exigiria um enfoque diferente, incluindo até mesmo operações preventivas”, disse ele, aludindo a intervenção militar para as quais os generais israelitas afirmaram ter planos preparados.

“O conceito, em princípio, é que essa transferência de armas químicas não pode acontecer”, disse Shalom. “O momento em que começarmos a entender que algo como isso pode acontecer, teremos de tomar decisões”.

Pronunciando-se a seu gabinete, Domingo, Netanyahu disse que pretende formar “o governo mais amplo e mais estável possível para, antes de tudo, responder as significativas ameaças de segurança que enfrenta o Estado de Israel”.

Netanyahu pode enfrentar difíceis negociações de coligação com facções que representam sectores amplamente diferentes da população.

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