A Irmandade Muçulmana ganhou com vantagem a maior parte dos assentos destinado aos partidos na primeira eleição parlamentar livre em décadas no Egito depois da confirmação dos resultados finais, dando ao partido um papel importante na elaboração da nova Constituição do país.
Banido durante o governo do ex-líder Hosni Mubarak e os seus antecessores, a Irmandade surgiu como a vencedora depois da sua derrubada. Islamistas de diversas linhas ficaram com cerca de dois terços dos assentos na assembleia, confirmando sua próprias previsões. O
Partido da Liberdade e Justiça da irmandade (FJP), prometeu que todos os egípcios terão voz no novo parlamento, mas os Islamistas estão agora determinados a exercer uma influência importante na nova Constituição, que vai ser elaborada.
Sob um sistema eleitoral complexo dois terços ou 332 dos assentos da câmara são decididos por representação proporcional de listas fechadas dos partidos. O outro terço é disputado por candidatos individuais.
De acordo com os resultados finais da eleição escalonada, divulgados pelo Comité de Eleições no sábado, a aliança eleitoral da Irmandade ficou com 38 por cento dos assentos alocados às listas.
O partido linha dura Al-Nour Islamista, ficou com 29 por cento dos assentos das listas. O Liberal New Wafd e a coligação do Bloco Egípcio (Egyptian Bloc), ficaram em terceiro e quarto, respectivamente.
A coligação
A Revolução Continua, dominado por jovens que lideraram os protestos que derrubaram Mubarak, recebeu menos de um milhão de votos e ficou com apenas sete dos 498 assentos em disputa na Câmara.
O comitê de eleições não divulgou os resultados dos assentos individuais, mas a aliança FJP disse, no sábado, que agora espera ficar com mais do que 47 por cento de todos os assentos na Câmara dos Deputados.