Um tribunal do Iraque condenou 24 pessoas à morte nesta quarta-feira pelo assassinato de centenas de soldados, a maioria xiitas, capturados por militantes do Estado Islâmico durante a ofensiva do grupo no norte iraquiano no ano passado.
Até 1.700 soldados foram mortos depois de fugirem do Campo Speicher, antiga base militar dos Estados Unidos da América no norte de Tikrit, cidade natal do ex-líder iraquiano Saddam Hussein, e foram apanhados pelos combatentes sunitas.
Imagens de vídeo dos militares sendo mortos a tiros às centenas, publicadas na Internet pelos jihadistas, tornaram-se num símbolo da brutalidade do Estado Islâmico e podem representar o maior ato isolado de violência em uma década de guerra sectária intermitente no Iraque.
Num veredicto rápido, o tribunal emitiu as penas capitais horas após o início do julgamento nesta quarta-feira, baseando-se no que um porta-voz descreveu como provas contundentes e confissões dos réus condenados.
“Hoje o tribunal criminal central do Iraque emitiu uma pena de morte contra 24 pessoas condenadas pelo massacre de Speicher”, disse Abdul-Sattar al-Birqdar, porta-voz do Supremo Conselho Judicial do Iraque.
Ele afirmou que todos os julgados e sentenciados são cidadãos iraquianos. Outros 604 suspeitos procurados pela sua ligação com o massacre continuam livres, acrescentou.