O governo do Irão disse que irá “rastrear” os responsáveis por fazer um vídeo amador que satiriza o profeta Maomé, afirmou uma autoridade do alto escalão do governo, segundo noticiou a mídia iraniana, Segunda-feira (17).
O vídeo feito na Califórnia e colocado no YouTube retrata o profeta Maomé como um mulherengo e um tolo e provocou uma semana de protestos violentos por todo o mundo muçulmano.
“O governo da República Islâmica do Irão condena… esta acção inapropriada e ofensiva”, disse o primeiro vice-presidente, Mohammad Reza Rahimi, de acordo com a agência de notícias Mehr.
“Certamente nós iremos procurar, localizar e perseguir a pessoa culpada que… insultou 1,5 bilhão de muçulmanos pelo mundo.”
As autoridades iranianas exigiram que os Estados Unidos peçam desculpas aos muçulmanos pelo filme, afirmando que este é apenas a mais recente de uma série de ofensas do Ocidente direccionadas a figuras sagradas do islamismo.
Rahimi não detalhou como o Irão irá perseguir os produtores do filme nos seus comentários, os quais foram feitos durante uma reunião de gabinete, Domingo (17), de acordo com a Agência de Noticias de Estudantes Iranianos (Isna).
O embaixador dos EUA para a Líbia, Christopher Stevens, e três outros norte-americanos foram mortos em Benghazi, na Líbia, na noite da Terça-feira e várias outras pessoas morreram em protestos noutros países contra o vídeo intitulado “Innocence of Muslims” (A Inocência dos Muçulmanos).
A identidade daqueles directamente responsáveis pelo filme ainda é incerta. Trechos colocados na Internet desde Julho têm sido atribuídos a um homem chamado Sam Bacile, que duas pessoas ligadas ao filme afirmaram ser provavelmente um pseudónimo.
Nakoula Basseley Nakoula, 55 anos, um cristão copta amplamente ligado ao filme em informações da mídia, foi questionado voluntariamente, Sábado, por autoridades norte-americanas que estão a investigar possíveis violações da sua liberdade condicional, por uma condenação por fraude bancária.