O Irão enforcou, esta Segunda-feira (22), 10 pessoas condenadas por tráfico de drogas, afirmou a agência de notícias semioficial Mehr, menos de uma semana após a Amnistia Internacional ter pedido à República Islâmica que acabasse com as execuções.
As execuções são eventos comuns em Teerão, e as mais recentes ocorreram numa prisão na capital. O Judiciário disse que os enforcados eram membros de duas quadrilhas de tráfico de drogas, segundo a Mehr.
O Irão descarta invariavelmente as críticas de grupos de direitos humanos ocidentais pelas altas taxas de execuções no país, dizendo que está a implementar a lei islâmica e responder a um grande problema com drogas.
Semana passada, a Amnistia Internacional pediu às autoridades iranianas para comutarem todas as penas de morte e removerem a execução como possibilidade de castigo.
A entidade de direitos humanos com sede em Londres disse em comunicado que acredita que 344 pessoas foram executadas no Irão desde Março.
O Irão é uma rota de trânsito de drogas contrabandeadas do vizinho Afeganistão, que produz mais de 90 por cento do ópio do mundo.
Segundo a imprensa do país, mais de 3.500 soldados iranianos foram mortos em confrontos com traficantes de drogas desde a revolução islâmica de 1979.
Entre os executados na Segunda-feira estão Saeed Sedighi, quem a Amnistia afirmou “aparentemente não ter tido oportunidade de recorrer da sua sentença”.
Assassinato, adultério, estupro, assalto à mão armada, tráfico de drogas e apostasia, a renúncia ao islão, são todos crimes puníveis com a morte sob o código judicial islâmico que o Irão adoptou após a revolução.
