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Irão duplica capacidade nuclear subterrânea, diz agência da ONU

O Irão dobrou o número de máquinas para o enriquecimento de urânio num bunker subterrâneo, afirmou um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), esta Quinta-feira (30), mostrando que o governo iraniano continua a desafiar a pressão ocidental para que pare com a sua actividade atómica e a ameaça dum ataque israelita.

Nas semanas em que os políticos israelitas começaram a falar mais na possibilidade de desferir um ataque aéreo contra instalações nucleares do Irão, a República Islâmica aumentou com rapidez sua capacidade de enriquecimento na instalação de Fordow, construída debaixo da terra para suportar um eventual ataque.

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) disse no seu relatório trimestral sobre o Irão que o número de centrífugas em Fordow, perto da cidade de Qom, sagrada para os muçulmanos xiitas, situada a cerca de 130 quilómetros da capital Teerão, mais do que dobrou para 2.140 em Maio, ante 1.064.

As novas máquinas ainda não estavam a operar, segundo o relatório. O líder supremo do Irão repetiu, esta semana, que o programa nuclear do Irão é inteiramente pacífico. “O nosso lema é energia nuclear para todos e armas nucleares para ninguém”, disse o aiatolá Ali Khamenei a uma cúpula de países em desenvolvimento em Teerão.

Mas a expansão da infraestrutura de enriquecimento e o aumento das quantidades de material nuclear revelados no relatório não farão nada para aplacar os temores nem reduzirão a pressão diplomática e por sanções sobre o Irão.

O relatório mostrou que o Irão produziu quase 190 quilos de urânio enriquecido a um grau maior desde 2010, um aumento dos 145 quilos registados em Maio.

O Irão afirma que precisa desse material, muito mais puro que o combustível necessário para a geração de energia, para um reactor de pesquisa médica. Isso, no entanto, torna o material mais próximo do necessário para a fabricação de bombas.

A AIEA também manifestou preocupação com relação a Parchin, uma instalação militar ao sul da capital que quer inspeccionar em busca de evidências de desenvolvimento de armas nucleares no passado.

“As actividades observadas…fortalecem ainda mais a avaliação da agência de que é necessário haver acesso ao local em Parchin sem mais demora”, disse a AIEA.

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