Um funcionário dos serviços de segurança iraniano confirmou esta terça-feira a prisão de três americanos perto da fronteira com o Curdistão iraquiano por entrada ilegal no país e indicou que eles estavam sendo interrogados. Este anúncio coincide com o aumento da pressão dos Estados Unidos sobre Teerão por causa de seu programa nuclear. Ao mesmo tempo, o Irão acusa o Ocidente de ser “cúmplice dos crimes” nas manifestações que seguiram à reeleição controversa do presidente Mahmud Ahmadinejad.
“Estas três pessoas, cujas identidades ainda não foram reveladas, foram detidas perto da fronteira, em Malakh-Khor, nos arredores da cidade de Marivan” (noroeste), declarou a agência Fars, Iraj Hassanzadeh, vice-governador da província do Cordestão encarregada da segurança. “Qualquer pessoas que tenta entrar ilegalmente no país pelas fronteiras da província do Cordestão é detida”, continuou. A imprensa americana identificou as três pessoas, explicando que elas faziam ronda na região do Curdistão iraquiano, perto do Irão, como Shane Bauer, Sara Shourd e Joshua Fattal, todos com aproximadamente 20 anos de idade.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, lembrou esta segunda-feira que Teerão a dar notícias dos três americanos e permitir sua volta o mais rapidamente possível. “Estamos naturalmente preocupados. Queremos que este assunto seja resolvido o mais rapidamente possível”, acrescentou Clinton. Hassanzadeh indicou ao canal público iraniano de língua árabe Al-Alam que o trio havia sido detido “há quatro dias” e que eles estavam sendo interrogados.
Ele declarou à agência Fars que eles tinham vistos sírios e iraquianos. Um alto responsável dos guardas de fronteira da região autônoma do Curdistão iraquiano havia anunciado sexta-feira a prisão no Irão de três americanos com “mochilas” perto da fronteira. Segundo ele, os três vinham do Curdistão iraquiano. No dia seguinte, Al-Alam avait confirmou a detenção, afirmando que as três pessoas “se infiltraram” no país pela fronteira com o Iraque.
Um outro canal de televisão da República Islâmica havia indicado anteriormente que eles eram “militares”. Um responsável do Pentágono indicou então que nenhum membro do exército americano estava envolvido neste incidente. As relações iraniano-americanas estão tensas há muitos anos. Teerão foi colocado pela antiga administração americana no centro do “eixo do mal” dos países que apóiam o terrorismo enquanto o Irã chama os Estados Unidos de “O grande demônio”.
As tensões aumentaram nos últimos meses, apesar da abertura do presidente americano Barack Obama em relação ao Irão, devido ás ambições nucleares de Teera, e após a reeleição polêmica do presidente Mahmud Ahmadinejad em 12 jde junho.