Autoridades em Gana limparam destroços nesta sexta-feira e preparavam-se para mais chuvas, um dia depois que uma inundação e uma explosão num posto de combustível mataram 150 pessoas na capital do país.
Equipes de emergência recuperaram bens domésticos, geladeiras e armários de valetas entupidas de Acra, enquanto que autoridades de segurança resgataram outro corpo de uma casa perto do posto, disseram testemunhas.
“Faça chuva ou faça sol é nossa responsabilidade resgatar as pessoas e os seus bens e vamos continuar a fazer isso até que estejamos convencidos de que nenhuma pessoa ou veículos estejam presos em algum lugar”, disse James Buka, da Organização Nacional de Gestão de Desastres.
As persistentes chuvas torrenciais bloquearam o antigo sistema de drenagem de Acra e inundaram as ruas, forçando centenas de trabalhadores que não puderam voltar para casa a buscar abrigo no posto de combustível na madrugada de quinta-feira.
Havia uma fuga de combustível e uma faísca provocou uma explosão que matou 96 pessoas. Foi o pior desastre em décadas em Gana, um país há anos visto como exemplo de democracia pacífica e em rápido crescimento económico.
Mas desde 2013, o governo do presidente John Mahama tem lutado contra uma série de problemas fiscais que, junto aos preços mais baixos das exportações de ouro, petróleo e cacau, tem diminuído acentuadamente as projecções de crescimento económico. Gana também enfrenta uma grave crise de energia eléctrica, o que tem provocado apagões frequentes.

