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Interpol investiga tráfico de drogas em Moçambique

A Interpol vai investigar o tráfico de drogas em Moçambique, anunciou na terça-feira, em Maputo, o secretário-geral desta organização policial, Ronald Noble, que se encontra de visita ao país. Falando a imprensa momentos após ter sido recebido pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, o secretário-geral da Interpol disse que a decisão de investigar o tráfico de drogas em Moçambique surge na sequência da necessidade de reforçar a cooperação com Moçambique nesta componente.

“A Interpol vai enviar para Moçambique um especialista para formar uma força de trabalho destinada a investigar o tráfico de drogas”, disse Noble, por sinal um cidadão norteamericano. Segundo ele, o referido especialista poderá estar em solo moçambicano nas próximas semanas e, depois da sua chega, será elaborado um plano de acção para o arranque das suas actividades.

Questionado sobre porquê a escolha de Moçambique para esta operação, Noble disse ser sabido que o país está a tornar-se cada vez mais ponto de trânsito de droga proveniente da América Latina com o destino a Europa. Além disso, ele disse que qualquer país pode ser usado como local de trânsito de droga e, no continente africano, Moçambique figura dos pontos mais preferidos para esse efeito, daí a necessidade de ser combatido e no país há esforços nesse sentido.

Igualmente, Noble disse que, durante a sua audiência com o estadista moçambicano, as duas partes trocaram impressões sobre como podem reforçar a sua cooperação na área de segurança nas fronteiras. Noble disse que a sua organização vai montar um sistema sofisticado de controlo de passaportes que poderá, dentre vários, evitar a entrada de traficantes de droga e viaturas roubadas ao país. Moçambique ainda não tinha sido visitado pelo secretário-geral da Interpol, organização de que o país é membro desde Outubro de 1989.

Esta decisão da Interpol surge um mês depois do Governo norte-americano ter designado o empresário moçambicano Mohamed Bachir Suleimane como barão de droga devido ao seu alegado envolvimento no tráfico de narcóticos. Contudo, Bachir nega todas as acusações.

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