O Ensino à Distância (EaD) encontra-se num momento de transformação profunda, impulsionado pela Inteligência Artificial (IA), no País, abrindo uma integração e leque de oportunidades para aprimorar a experiência de ensino e aprendizagem, tornando-a mais eficiente.
Esta observação foi feita pelo especialista em ensino de Educação à Distância (EaD), Castelo Mário Maluleque, no decurso de uma mesa redonda, subordinada ao tema “Inovação Tecnológica e Estratégias de Avaliação da Aprendizagem no Ensino Online”, inserida no âmbito da celebração dos 30 anos do Grupo Politécnico, ocorrida, recentemente, em Maputo e promovida pelo Instituto Superior Aberto (ISA), uma unidade orgânica da Universidade Politécnica.
Na ocasião, o especialista, que é, igualmente formador do Conselho Nacional de Avaliação de Qualidade do Ensino Superior (CNAQ), órgão implementador do Sistema Nacional de Avaliação, Acreditação e Garantia de Qualidade do Ensino Superior, apontou como desafios da Educação à Distância (EaD), na era digital, os relacionados à acessibilidade, habilidades digitais, acesso à internet e equipamentos.
“Para solucionar estes desafios da EaD é necessário investir-se em infra-estrutura tecnológica, promover a inclusão digital, desenvolver materiais didácticos acessíveis, capacitar professores para EaD e criar instrumentos de avaliação eficazes”, apontou Castelo Mário Maluleque. Na ocasião, Francisco Noa, pesquisador, disse que a inovação tecnológica tem desafiado as instituições do ensino superior, exortando o ISA, em particular, a repensar nas melhores estratégias para a oferta dos cursos, sobretudo nas formas de avaliação, no modelo online.
“Eu considero que esta questão da avaliação é extremamente complexa e delicada. Representa um novo contexto e um novo paradigma educacional, tanto que isto mexe com crenças, práticas e convicções e com as classes dos professores e gestores, mexe com os estudantes, mercado de trabalho e com a sociedade em geral. Esta é uma das questões desafiadoras ligadas ao ensino à distância. A objectividade, rigor, a excepção, transparência e a visão. Porque nós dizemos que a avaliação é o processo de transformação. O professor tem que ter a visão do processo de aprendizagem do estudante”, concluiu Francisco Noa.
Importa referir que a mesa redonda foi moderada por Augusto Jone e decorreu em formato híbrido, tendo contado com a presença do reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, vice-reitor, Cristiano Macuamule, estudantes, entre outros convidados.