As integrantes da banda russa Pussy Riot disseram, esta quarta-feira (19), que foram atingidas com chicotes por cossacos, membros das forças de segurança que ajudam a patrulhar Sochi durante os Jogos Olímpicos de Inverno.
Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina, que já cumpriram pena de prisão por causa de um protesto contra o presidente Vladimir Putin numa catedral, disseram ter sido atacadas em Sochi quando cinco integrantes da banda tentavam tocar uma música.
“Embaixo de um banner de Sochi 2014, ao som de ‘Putin vai nos ensinar a amar nossa terra-natal’, os cossacos atacaram a Pussy Riot, atingiu a gente com chicotes e lançou muito gás de pimenta contra nós”, escreveu Tolokonnikova no Twitter. Uma fotografia mostrou um cossaco prestes a atingir as mulheres, que estavam vestidas com suas costumeiras máscaras coloridas.
Alguns cossacos retiraram algumas máscaras das integrantes da banda. Alyokhina tuitou fotos que mostraram sangue a escorrer pela face de uma simpatizante, depois do ataque. Outra imagem mostrou marcas vermelhas no peito de Tolokonnikova. David Khakim, um activista que foi brevemente detido por causa de um protesto que realizou sozinho esta semana em Sochi, disse ter testemunhado o ataque.
“Os cossacos lançaram gás nos meus olhos. Eles começaram a bater-nos com chicotes depois começaram a nos estrangular em frente a um policial”, escreveu ele no Twitter. Os líderes dos cossacos não estiveram imediatamente disponíveis para comentar.
Patrulhas de cossacos, resgatadas por Putin, são usadas para garantir a segurança do Jogos Olímpicos. Nem polícia ou Exército, os cossacos, que antes patrulhavam as fronteiras russas, tem como função declarada manter a ordem e fazer prisões.