O distrito de Funhalouro, no interior da província meridional de Inhambane, está a enfrentar sérios problemas de escassez de água, na sequência da regressão do lençol freático e a falta de chuvas que assola quase toda a região sul de Moçambique.
Alberto Rego, Administrador daquele distrito, afirmou que a situação da falta de água em Funhalouro é preocupante, uma vez que o lençol freático naquele ponto da província, com características semi-áridas, se encontra a grandes profundidades, o que dificulta a captação do precioso líquido. “O distrito de Funhalouro, como é sabido, é de clima semi-árido e a estas alturas do ano, devido ao sol intenso, a situação da falta água agrava-se, porque as reservas existentes (os poços tradicionais e convencionais) estão a baixar o respectivo caudal”, disse Rego.
O administrador, citado hoje pelo “RM Jornal”, programa noticioso da maior emissora pública, disse que medida que escasseia o precioso líquido aumenta, consequentemente, o teor de salubridade o que torna a água imprópria e desagradável para o consumo. O Sétimo Objectivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) estabelece como meta reduzir pela metade, até 2015, o número de pessoas e a proporção da população sem acesso permanente e sustentável à água potável segura.
Com vista a minimizar o problema, o governo distrital, através do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG), construiu e reabilitou oito sistemas de abastecimento do precioso líquido em algumas localidades, onde o problema da falta de água é tido como dramático. A construção e reabilitação dos sistemas contaram com o financiamento da “Care International”, Organização Não Governamental (ONG) britânica, embora não tenha sido revelado o valor desembolsado para o efeito.