O custo geral da vida aumentou, em Março de 2012, em cerca de 0,21% com a cidade da Beira a contribuir com 0,36%, contra 0,27% da capital do país e 0,05% da terceira cidade moçambicana, Nampula.
A divisão da alimentação e bebidas não alcoólicas foi a que ditou a tendência geral do agravamento de preços, ao ter contribuído com 0,26 ponto percentual, segundo Ernesto Samo, do Instituto Nacional de Estatística (INE), acrescentando que tomate, amendoim, couve, cebola, peixe seco, tintas e óleo alimentar foram produtos cujo aumento dos seus preços contribuiu no total da inflação mensal moçambicana em 0,39 ponto percentual.
Entretanto, no primeiro trimestre de 2012, Moçambique registou incremento do nível geral de preços na ordem de 0,60% devido ao agravamento das rendas de casa, amendoim, coco, couve, bicicleta, alface e do preço de venda de veículos usados, num nível de 0,93%.
Refira-se que os preços do mês de Março último, quando comparados com os do mesmo mês de 2011, indicam um agravamento do nível geral na ordem de 3,81% com a habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis a injectarem em termos cumulativos maiores níveis de aumento de preços de 6,69% e 5,25%, respectivamente.
Rand
A uma pergunta sobre se a queda do Rand registada no mês de Março último face à divisa moçambicana, o Metical, terá exercido alguma influência no comportamento geral da inflação moçambicana no período em análise, Perpétua Michangula, chefe do Departamento de Preços e Conjuntura do INE, respondeu afirmativamente, acrescentando que isso fica a dever-se ao facto de o país importar muito mais da África do Sul.
“Tem, sim, influência porque compramos lá mercadorias e quando o Rand baixa ou aumenta face ao Metical isso atinge directa ou indirectamente as nossas vidas cá em Moçambique”, explicou Michangula.