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Indiferente aos problemas de Moçambique Presidente Nyusi assume o papel de edil de Maputo

Indiferente aos problemas de Moçambique Presidente Nyusi assume o papel de edil de Maputo

Foto da Presidencia da RepúblicaIndiferente às dívidas ilegais para resolver, ao processo de Paz para concluir, ao terrorismo para combater e a vacatura existente no Ministério da Justiça o Presidente Filipe Nyusi que já havia terminado a visita à cidade de Maputo assumiu nesta segunda-feira (11) o papel de edil e foi prometer uma ponte aérea para os alunos da escola primária de Chiango que têm sido vitimados por acidentes de viação na estrada Circular. Em matéria de pontes quiçá sejam mais urgentes a que liga o Sul ao Centro do país ou mesmo a que conecta Inhagome ao município de Quelimane.

Filipe Nyusi, que é o Chefe do Governo, Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, é ainda presidente do partido Frelimo e tem pelo menos 26 competências Constitucionalmente consagradas, após concluir no passado sábado a sua visita presidencial de 3 dias à cidade de Maputo arranjou mais uma manhã para voltar a visitar a capital do país, especificamente a escola primária situada ao longo da estrada Circular e onde os alunos têm sido vítimas de acidentes de viação que já originou a manifestação dos seus parentes.

Como é comum dizer entre os camaradas “é de louvar a iniciativa” do Chefe de Estado que tem tempo para os seus “patrões”, embora a cidade de Maputo tenha uma Governadora, um presidente do município e o problema dos acidentes seja mais uma competência do ministro dos Transportes!

Enquanto Filipe Nyusi faz de presidente do município de Maputo tarda em ser alcançada a Paz definitiva em Moçambique.

Enquanto o Presidente da República assume o papel de David Simango continuam por esclarecer as lacunas que os antigos colegas de Filipe Nyusi no Governo de Armando Guebuza não querem preencher no Relatório da Kroll (sobre as dívidas ilegais da Proindicus, EMATUM e MAM) continuando a prolongar o sofrimento dos moçambicanos com a crise económica e financeira.

Enquanto o estadista moçambicano arranja soluções paliativas para problemas municipais, como é possível ter sido projectada uma estrada que custou mais de 300 milhões de dólares norte-americanos sem iluminação nem áreas de travessia para peões, ainda não se pronunciou sobre o terror que continua em Cabo Delgado, nem mesmo para confortar os familiares das vítimas decapitadas há 15 dias.

Enquanto o Presidente Nyusi aparenta ter tempo para juntar mais competências à aquelas que a Constituição lhe confere passaram 14 dias desde que exonerou Isaque Chande do Cargo de Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos e ninguém foi nomeado para o seu lugar.

Se assumisse o seu papel de Chefe de Estado talvez Filipe Nyusi ponderasse que é mais urgente reabilitar a ponte que liga o Sul ao Centro do país, sobre o rio Save, ou mesmo a ponte conectando os mais de 3 mil habitantes de Inhagome ao município de Quelimane.

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