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Indianos entram em greve nacional contra reformas económicas

Escolas, empresas e órgãos públicos não funcionam, esta Quinta-feira (20), em muitas partes da Índia, e os manifestantes bloquearam estradas e ferrovias como parte de uma greve geral de 24 horas contra as profundas reformas económicas anunciadas, semana passada, pelo governo.

O Partido Bharatiya Janata e outras legendas da oposição, tanto da esquerda quanto da direita, convocaram o protesto contra o aumento de 14 por cento no preço do diesel, que é fortemente subsidiado, e contra a autorização para que as redes de supermercados estrangeiras invistam no país.

O partido Congresso Trinamool, principal aliado do primeiro-ministro Manmohan Singh e do seu partido, o do Congresso, ameaçou abandonar a coligação até Sexta-feira se as medidas não forem revertidas, o que poderia levar à antecipação de eleições.

A Confederação da Indústria Indiana pediu a Singh que não recue das reformas, vistas por empresários como cruciais para o crescimento económico. “Boa economia raramente dá em boa política”, disse a entidade, que estimou os prejuízos da greve em 2,3 bilhões de dólares.

Centenas de milhares de proprietários de pequenas lojas familiares aderiram à greve, temendo que a abertura a empresas estrangeiras os deixe sem espaço no varejo.

As empresas maiores deram folga aos funcionários ou os autorizaram a trabalhar de casa. Bangalore, polo tecnológico do país, tinha um aspecto excepcionalmente desértico, porque muitas lojas e escritórios ficaram fechados, e o transporte público parou.

Já em Mumbai, capital financeira do país, os bancos e escritórios funcionavam normalmente. Em todo o país, os passageiros ficaram retidos nas estações ferroviárias e pontos de autocarro.

Os manifestantes fizeram piquetes sobre trilhos e na saída das garagens. Noutros protestos, os apoiantes do Bharatiya Janata queimaram fotos de Singh e bloquearam ruas com pneus em chamas.

“Se não protestarmos agora, o governo central vai eliminar as famílias pobres e de classe média”, disse a manifestante Santi Barik, em Bhubaneswar, capital do Estado de Odisha (leste).

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