Um incêndio matou 37 pessoas num hospital psiquiátrico russo, esta Sexta-feira (13). Foi o segundo incêndio com mortes no mesmo tipo de clínica este ano, num facto que deve intensificar o debate sobre os serviços públicos e especialmente sobre o atendimento a pacientes mentais no país.
Várias instituições estatais, como escolas e hospitais, sofreram incêndios na última década na Rússia, país também muito propenso a acidentes industriais e nos transportes. Os críticos vêem nisso sinal de uma cultura de negligência que teria sido alimentada pelo estilo centralizador do presidente Vladimir Putin.
O incêndio desta Sexta-feira ocorreu durante a madrugada, numa ala degradada que abrigava doentes graves, no hospital da aldeia de Luka, na província de Novgorod, entre Moscovo e São Petersburgo. Aparentemente, alguns pacientes sob sedação morreram.
Os bombeiros precisaram de percorrer 45 quilómetros para chegar ao hospital, e a neblina retardou o acesso deles. As autoridades já haviam solicitado a interdição da ala que pegou fogo, feita de madeira, tijolos e concreto.
Um inquérito criminal federal foi aberto depois do incêndio para apurar se houve negligência. Incêndios com grande número de mortes não têm sido raros nas instituições estatais na Rússia. Em Abril, um incêndio num hospital psiquiátrico perto de Moscovo matou 38 pessoas.

