Pelo menos oito pessoas morreram, entre elas duas crianças, num incêndio de um edifício residencial do popular bairro de Goutte d’Or, na capital da França, segundo as informações oferecidas pelas autoridades, que consideram a possibilidade de um acto criminoso.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, que esteve esta manhã no local ao lado da edil de Paris, Anne Hidalgo, afirmou aos meios de comunicação que também havia quatro feridos “em gravidade relativa”.
Cazeneuve, que mencionou “uma intervenção difícil” dos mais de cem bombeiros que trabalharam para extinguir as chamas, declarou que “é cedo demais para determinar as causas deste drama”.
Porém, minutos depois, o seu porta-voz, Pierre-Henry Brandet, assinalou que está a ser investigada uma hipótese intencional, sobretudo porque os bombeiros tinham extinguido esta mesma noite um incêndio na escadaria do edifício, duas horas antes da deflagração do segundo.
Brandet detalhou que foi feita uma primeira chamada de emergência às 2h23 (mesma hora de Moçambique) e que a intervenção dos bombeiros terminou rapidamente. Cerca de duas horas mais tarde, os bombeiros tiveram que comparecer ao mesmo endereço porque receberam um aviso de um incêndio novamente na escadaria, que se tinha propagado aos andares superiores. Entre os mortos, alguns morreram por causa do fumo e outros porque se lançaram pelas janelas para escapar das chamas.
Por sua parte, Hidalgo ressaltou que o edifício não era considerado insalubre e que também não é um local de casas sociais.
O presidente francês, François Hollande, manifestou a sua “solidariedade” às vítimas da tragédia e aos seus familiares em comunicado, prestou homenagem à acção dos bombeiros e reforçou que se está a fazer o possível para esclarecer “a origem deste drama e obter todas as informações sobre o que ocorreu”.
