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Incêndio deixa 14 famílias ao relento em Maputo

Incêndio deixa 14 famílias ao relento em Maputo

Catorze casas construídas com base em material precário foram totalmente reduzidas a cinzas, na noite da última sexta-feira (27), no bairro de Chamanculo “D”, na capital moçambicana, em consequência de um incêndio que deflagrou a partir de uma residência de um cidadão que se encontrava embriagado.

As famílias afectadas passaram a noite ao relento e em claro no campo de Zixaxa. Para além da destruição de diversos bens, um indivíduo ficou gravemente ferido e outras três pessoas contraíram traumas ligeiros.

No local, o @Verdade apurou que um cidadão que se encontrava sob efeito do álcool tentou cozinhar num fogão a carvão mas devido à embriaguez não soube controlar o lume.

Alzira Chibinde, de 38 anos de idade, mãe de seis filhos, é uma das vítimas que desde aquela noite vive ao relento com os seus dependentes. Desesperada e sem ideia de como vai recomeçar a vida, ela queixou-se da morosidade do Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) na intervenção dos casos de incêndios.

“Os bombeiros só chegaram ao local uma horam depois de terem sido solicitados pra debelar as chamas”, disse que senhora, acrescentando que quando se apercebeu de que o fogo estava a se alastrar de uma casa para outra – feitas de caniço – ficou apavorada porque ninguém na altura tinha meios para controlar a situação, sobretudo porque a sua filha de um ano de idade estava a dormir. Por um golpe de sorte o pior não aconteceu. Aliás, a residência na qual a cidadã morava era arrendada.

“Neste momento não sei o que farei da minha vida. Eu e o meu marido somos naturais de Chibuto, na província de Gaza. Não temos parentes aqui a Maputo. Será difícil alguém acolher uma família de oito membros em sua casa”.

Narcísio Naene, de 53 anos de idade, é outro morador afectado pela desgraça. Devido à forma como as casas foram erguidas – uma muito próxima da outra – por causa da falta de espaço para habitação e ausência de planos de ordenamento territorial no bairro de Chamanculo, o nosso entrevistado disse que previa que em caso de um incidente como o que aconteceu, seria difícil evitar o pior.

David Cumbane, porta-voz do SENSAP, disse à nossa Reportagem que o corpo de salvação pública tomou conhecimento da ocorrência através de um telefonema efectuado a partir de uma esquadra e não e não pela população.

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