Depois de tantos adiamentos, foi, finalmente, inaugurado, esta segunda-feira (19), em Maputo, o Terminal Rodoviário Interprovincial e Internacional da Junta, com capacidade para parqueamento de mais de 200 viaturas. As obras custaram cerca de 80 milhões de meticais.
Fazem parte do empreendimento um posto policial, um centro social, várias bilheteiras, dentre outros. Segundo o presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, o terminal resulta de uma parceria entre as empresas Telecomunicações de Moçambique (TDM) e a Visa Beira Moçambique. Aquele terminal já devia estar a funcionar senão não fossem os sucessivos adiamentos, algumas vezes justificados com os alegados atrasos na importação de material como alpendres da vizinha África do Sul.
Entretanto, no acto da inauguração Simango deixou transparecer que o atraso da entrada em funcionamento do referido espaço deveu-se também a conflitos de interesses entere os parceiros. Acontece que para além das TDM e da Visa Beira Moçambique, que concordavam com a edificação daquele terminal no espaço onde se está, havia um terceiro parceiro que no mesmo lugar queria que fosse construído um supermercado, razão pela qual afastou-se do projecto mas depois um um conflito gerido pelas partes.
Em relação ao terminal como tal, Simango explicou que é um ponto de embarque e desembarque de passageiros para as carreiras nacionais e internacionais. Estão ainda por serem melhoradas as sombras, os bancos, dentre outros aspectos. Por enquanto, a gestão estará a cargo da edilidade. Os munícipes vão pagar pelo uso das casas de banho e os transportadores por cada viagem efetuada.
Faruque Ismael, representante dos transportadores rodoviários, considera que as instalações significam o fim das condições precárias de trabalho a que os operadores estavam sujeitos. Albertina Eugénia Manhiça, vereadora do Distrito Municipal KaChamanculo, exortou aos munícipes a pagarem pelos serviços que serão prestados no terminal, como forma de garantir a sua manutenção e bom funcionamento.