A inauguração da Escola Secundária de Kuphe, na província nortenha de Cabo Delgado, pelo ministro da Educação, Zeferino Martins, marcou o ponto mais alto das cerimónias centrais de abertura, esta segunda-feira, do ano lectivo 2012.
Cerca de 6,5 milhões de alunos da 1.ª à 12.ª classes vão este ano frequentar as mais de 15.700 escolas do ensino primário e secundário geral.
As aulas decorrem até Outubro. O ensino primário do primeiro grau (EP1), da primeira à quinta classes, vai receber 11.157 alunos, enquanto quatro mil alunos vão frequentar o ensino primário do segundo grau (EP2) – sexta e sétima classes.
Cerca de 430 mil estudantes são do primeiro ciclo do ensino secundário geral (ESG-1), entre a 8.ª e a 10.ª classes. Os restantes 148 mil pertencem ao segundo ciclo do ESG – 11.ª e 12.ª classes.
O Ministério da Educação moçambicano prevê recrutar, este ano, aproximadamente 8500 professores, contra os mais de 15 mil previstos. Na cidade do Maputo, nenhum professor licenciado será contratado, por falta de verbas.
Um dos principais desafios para este ano lectivo é a garantia da qualidade do ensino, cujo aproveitamento tem vindo a deteriorar-se desde 2007 no país, de acordo com vários estudos.
Um relatório sobre o aproveitamento pedagógico em Moçambique, apresentado em 2010 no Conselho Coordenador do Ministério da Educação (MINED), indicou que o rendimento escolar é mais crítico na quinta e sétima classes.
Esta situação traduz-se na queda do número de alunos que terminaram a escola com aproveitamento, afectando negativamente o número de vagas disponíveis para novos ingressos.
