Os idosos encerram, esta Quinta-feira (13), em Maputo, a sua terceira conferência nacional com um grito de socorro ao Governo. Pedem humanização no acesso aos serviços de saúde, no transporte e a adopção de políticas consistentes que lhes protejam e valorizem.
A terceira idade pede igualmente mais vigor na implementação das políticas de integração social, como forma de atenuar os problemas que lhe apoquentam.Esta faixa etária nutre o desejo de ver resgatados, pelo Executivo, os valores morais que supostamente tendem a se degradar, sobretudo entre os jovens. Estes são os promotores da violência física e psicológica contra os idosos. “E expulsam-nos do convívio familiar e das nossas próprias casas”.
E mais: os anciãos manifestam-se agastados com alguns praticantes da medicina tradicional porque desarticulam famílias acusando-os de feitiçaria. Pedem a quem de direito para introduzir medidas punitivas contra tais curandeiros.
A ministra da Mulher e Acção Social, Yolanda Cintura, entende que o bem-estar dos idosos pode ser garantido pelo combate as causas da mendicidade, maior envolvimento dos sectores interessados no combate à violência esta camada social, maior acesso aos transportes e aos cuidados de saúde.
Segundo a governanta, o aperfeiçoamento da forma de atendimento aos idosos, em particular os abandonados, depende igualmente da “aprovação da proposta de legislação sobre promoção e protecção dos direitos da terceira idade”.
Ela reconhece a existência de muitos idosos a viver em situações vulneráveis. Porém, houve melhorias nos programas de segurança social básica em todo o país. Não apontou quais melhorias.
Yolanda Cintura reconheceu, também, que persistem desafios para o governo no sentido de responder às preocupações da classe, nomeadamente, melhorar o acesso às pensões e à distribuição de subsídios, redução do tempo de espera e os procedimentos para a recepção de tais subsídios, intensificar a divulgação dos direitos deste grupo alvo.
Relativamente à violência de que os anciãos se queixam, Cintura diz que a solução passa pela consciencialização das comunidades, formação da Polícia e pela extensão dos serviços de Atendimento à Criança e Mulher Vítima de violência.