Já foram identificados dezasseis, dos 17 moçambicanos que morreram carbonizados, na madrugada da última Quinta-feira, em Belfast, África do Sul, num brutal acidente rodoviário que envolveu uma “mini-bus” com a matrícula AAR 270 MC e uma carrinha, cuja chapa de inscrição não foi possível registar.
Entre as pessoas que morreram contam-se Júlia Arone, cujo passaporte foi encontrado no local do sinistro, pouco depois da ocorrência; Olina Garine, Ezequiel Mula, Telma Almeida, ‘scar Nguila, Anastácio Mandlazi, Filipe Jorge, Amélia Xicocha, Estêvão Cossa, Henrique Chibanga, Saul Chanto, Reginaldo Magude, Júlia Cossa, Cecília Maposse, Joana Luck e Carlos Jona.
Todos eles haviam partido no fatídico “chapa”, na noite de Quarta-feira, da Terminal da Junta, no Maputo. Alfiado Sitoe, Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Viação (INAV), em representação do Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC), citado pelo Jornal Notícias na edição deste sábado, disse que já foi criada uma comissão liderada pela Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) para localizar os familiares das vítimas que deverão seguir viagem para a África do Sul para melhor identificação dos corpos.
Sitoe explicou que uma vez que a maioria dos corpos ficou irreconhecível, dadas as circunstâncias que rodearam o desastre, só poderão se deslocar àquele país os familiares mais próximos dos perecidos, entre os quais pais, irmãos e filhos, para efeitos de testes de DNA.
O interlocutor acrescentou que a referida comissão também já contactou as diferentes instituições envolvidas neste sector de actividade visando acelerar todos os mecanismos inerentes com vista à deslocação deste grupo.
Todas as condições logísticas estão ao cargo da FEMATRO. No entanto, o vice-presidente da FEMATRO, Luís Munguambe, confirmou a criação da referida comissão e garantiu que foram estabelecidas linhas telefónicas a partir das quais os familiares dos finados podem contactar a organização.
Nesse contexto, Munguambe deixou registados os seguintes números de telefone: 824732310 e 847587322. Segundo Munguambe, a viagem dos familiares das vitimas foi marcada para esta Segunda-feira.
Luís Munguambe esclareceu que a lista que continha os nomes dos perecidos foi concedida pela Associação dos Transportadores de Longa Distância Moçambique/África do Sul (MOSALTA), cujos membros fazem este tipo de viagens.
Refira-se que o desastre, do tipo choque frontal, ocorreu às quatro horas da manhã de quinta-feira e envolveu uma “mini-bus” que ligava as cidades de Maputo e Joanesburgo e uma carrinha que circulava em sentido contrário.
Depois do embate, ambas as viaturas incendiaram-se completamente e todos os dezassete ocupantes da “mini-bus” morreram carbonizados no local e destes apenas três é que são reconhecíveis.