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IDE cresceu 44%/ano entre 2007 e 2009

O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) registou um crescimento médio anual de 44%, entre 2007 e 2009, tendo o fluxo acumulado naquele período sido de 3,4 biliões de dólares norte-americanos, com uma contribuição pronunciada dos grandes projectos.

Excluídos os mega-empreendimentos, o fluxo acumulado totalizou cerca de 1,7 bilião de dólares norte- americanos de investimento, de acordo com Ernesto Gove, governador do Banco de Moçambique (BM), realçando que os ganhos foram concretizados não obstante a conjuntura internacional adversa vivida em Moçambique e no resto do mundo, caracterizada pelo impacto negativo da crise financeira despoletada em 2007.

“É necessário prosseguirmos com reformas económicas, melhorando o ambiente de negócios de modo a sermos competitivos na atracção de investimentos, retomando os níveis de fluxos registados antes da eclosão da crise financeira e económica internacional”, advertiu Gove, falando, esta terçafeira, em Maputo, no lançamento do Inquérito Coordenado ao Investimento Directo.

A pesquisa, a ser realizada  do dia 26 de Maio a 24 de Junho de 2010, decorre da necessidade da actualização da informação sobre o investimento directo, “o que vai conautoridades moçambicanas tenham sempre presente o seu papel e impacto sobre a nossa economia, seja no momento de realização, como, posteriormente, na fase em que os projectos de investimento entram em actividade”, referiu Gove.

Moçambique foi seleccionado, com outros 130 países, para desenvolver aquele tipo de inquérito para recolha de dados abrangentes e harmonizados sobre investimento directo estrangeiro em Moçambique, empréstimos recebidos e concedidos, depósitos de residentes junto de não residentes, créditos comerciais recebidos e concedidos e títulos estrangeiros na posse de residentes.

O governador do BM referiu igualmente que empresas que tiverem dados sobre investimento directo no exterior deverão reportar no supracitado inquérito para permitir uma comparabilidade dos mesmos com outros países envolvidos na iniciativa. Em Moçambique, a pesquisa irá decorrer na cidade de Maputo e nas províncias de Nampula, Sofala e Tete e é uma iniciativa internacional que tem apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BIRD), Banco Central Europeu, entre outras instituições.

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