O Hospital Nkensani de Giyani, na província do Limpopo, norte da África do Sul, está privado de água devido a uma avaria no reservatório de purificação de Nsami. Segundo o matutino Sowetan, a unidade sanitária tem recorrido aos serviços municipais, os quais fornecem o líquido precioso através de tanques.
Uma enfermeira que preferiu falar na condição de anonimato disse àquele jornal que o hospital está naquela situação há cerca de três meses. “Nós não podemos lavar os bebés recém-nascidos e, infelizmente, a maioria deles acaba por receber alta ainda envolta em sangue. Estamos extremamente preocupados devido ao facto de o controlo das infecções estar comprometido e pouco podemos fazer para contornar esta situação”.
Entretanto, o responsável pelo Hospital Nkhensani de Giyani recusou-se a falar sobre o caso a jornalistas, mas a porta-voz do Direcção da Saúde da província do Limpopo, Sinenhlanhla Gumende, afirmou que cabia ao município fornecer o precioso líquido ao hospital. “O fornecimento da água não é da competência do Ministério da Saúde. Apesar disso, estamos a trabalhar em coordenação com os serviços municipais para que o hospital possa contar com água suficiente enquanto se resolve esta crise”.
Já o porta-voz do município de Mopani, Neil Shikwambani, referiu que o equipamento usado para o escoamento da água do rio para o reservatório de tratamento de Nsami está avariado e que se tinha aventado a hipótese de tirar a água directamente do rio e purificá-la, mas a pressão é baixa. “Estamos a tentar edificar tanques fixos em certas zonas para contornar esta crise”.
Deputado exige uma solução urgente e definitiva
Num comunicado, o deputado do partido Inkhata Fredom, IFP, Peter Smit, considerou que os tanques de água devem ser providenciados urgentemente por parte do Município de Mopani àquela área porque “a actual situação é lamentável na medida em que se chegou a um estágio em que falta até água” e que o governo provincial deve resolver o problema de forma definitiva.
Para aquele parlamentar, a crise de água naquele município do Limpopo já originou protestos por parte dos residentes. “Considerável número de mulheres provenientes de Petanenge, a cerca de 20 quilómetros de Tzaneen, despiu-se e amotinou-se defronte dos escritórios municipais de Greater Tzaneen”.