No âmbito das celebrações do dia mundial do HIV/SIDA realizadas no passado sábado (01), as autoridades governamentais a nível da província de Nampula enfatizaram que as mulheres são a camada mais vulnerável em relação a contaminação da doença mas, segundo as autoridades, o grande número de maridos infiéis é que contribuiu para este cenário.
Estatísticas recentes indicam que a taxa de seroprevalência é alta, em cada 100 pessoas pelo menos quatro pessoas estão infectadas do HIV sendo a destacar a mulheres jovens.
A governadora da província de Nampula, Cidália Manuel Chaúque disse que estes números não significam que o HIV/SIDA é uma doença das mulheres. Isso acontece porque muitas das vezes as pessoas dizem que esta doença é das mulheres. Mas precisamos criar condições para garantir uma significativa redução de contaminação das mulheres pela doença. A mulher está nestas condições porque, infelizmente, encontra-se numa situação que lhe torna vulnerável, pois não podem negar manter relações sexuais quando os maridos trazem a doença fora de casa.
“Temos muitos maridos com várias mulheres. E acabam envolvendo-se com mulheres que não tem o mínimo de prevenção”, disse a governadora da província de Nampula, visivelmente agastada com o nível das infecções nesta região do país e instou aos papás no sentido de reduzir o número de parceiras ocasionais.
O Dia Mundial do HIV/SIDA foi comemorado sob lema “é possível acabar com a transmissão do HIV/SIDA de mãe para filho” o que remete uma reflexão profunda para o futuro de Moçambique em particular para a província de Nampula em prol da saúde da mulher de forma a garantir a saúde das crianças que são os pilares do futuro do amanhã.
Cidália Chaúque deu a conhecer que o Governo de Moçambique tem estado a envidar esforços para tentar melhorar a saúde das mulheres através de vários programas de prevenção, como é o caso da transmissão vertical, Tratamento Anti-Retroviral, circuncisão masculina e cuidados numa prevenção combinada.
A chefe do executivo nampulense fez saber que com o estado de seropositividade é possível viver muitos e longos anos, facto que torna-se realidade quando os doentes dirigirem-se aos centros de saúde e cumprir com as recomendações dois médicos.
