As autoridades kuweitianas prenderam um homem, na noite da Terça-feira, por insultar o profeta Maomé na sua conta do Twitter, afirmou o Ministério do Interior, num raro caso de suposta blasfémia nas mídias sociais no Estado do Golfo Árabe.
A blasfémia é ilegal no Kuweit como consta na legislação de imprensa e publicação de 1961, mas não é punida com morte como no país vizinho Arábia Saudita, onde o caso de um colunista que enfrenta acusações parecidas atraiu a atenção internacional.O homem, cujo nome não foi divulgado, difamou a fé islâmica, o profeta Maomé, os seus companheiros e a sua esposa, afirmou o ministério num comunicado publicado pela agência de notícias estatal KUNA.
Ele está a ser interrogado antes dos procedimentos do tribunal. O ministério “lamentou o abuso das redes sociais por alguns indivíduos para ofender os valores básicos e espirituais do Islão e jurou não ter tolerância nenhuma para combater ofensas tão sérias”, disse em declaração.
A mídia do país trouxe comentários do homem a negar as acusações. “Eu nunca vou atacar o profeta sagrado”, ele teria dito, segundo a reportagem, e acrescentou que alguém deve ter hackeado a sua conta e postado os comentários.
Os seus comentários, replicados em vários grandes jornais do Kuweit, não puderam ser verificados imediatamente.