Um homem-bomba matou pelo menos 15 pessoas, na sua maioria polícias, do lado de fora de um centro de erradicação da pólio na cidade paquistanesa de Quetta nesta quarta-feira, no ataque militante mais recente contra a campanha de combate à doença no país.
O grupo militante Jundullah, que possui ligações com o Taliban paquistanês e jurou aliança ao Estado Islâmico, reivindicou responsabilidade pelo ataque. A bomba destruiu um carro da polícia que chegou ao local para escoltar funcionários que iriam vacinar todas as crianças com menos de 5 anos de idade na província de Balochistan.
“Foi uma explosão suicida, recolhemos evidências no local”, disse Ahsan Mehboob, chefe da polícia provincial, à Reuters. “A equipe policial tinha chegado para escoltar equipes na campanha de vacinação”.
Ahmed Marwat, que se identificou como um comandante e porta-voz do Jundullah, disse que o grupo é responsável. “Reivindicamos a explosão na campanha. Nos próximos dias iremos realizar mais ataques a postos de vacinação e funcionários”, disse por telefone.
Equipes que trabalham no Paquistão para imunizar crianças contra vírus são muitas vezes alvos do Taliban e outros grupos militantes, que dizem que a campanha serve para encobrir espiões ocidentais, ou acusam trabalhadores de distribuírem vacinas feitas para esterilizar crianças.
O ataque mais recente matou cerca de 12 polícias, um paramilitar e dois civis, e feriu outras 25 pessoas, de acordo com as autoridades.