O cidadão holandês Joran van der Sloot foi sentenciado nesta sexta-feira a 28 anos de prisão por um tribunal peruano por ter matado uma jovem em Lima em 2010. Ele também é suspeito de outro homicídio, ocorrido cinco anos antes. Van der Sloot se declarou culpado pela morte da estudante de administração Stephany Flores, de 21 anos, que ele conhecera em um cassino da capital peruana.
Ele pediu o perdão da família da vítima, uma talentosa jogadora de pôquer, filha de um próspero empresário. Inquieto e suando muito, Van der Sloot balançou a cabeça e suspirou depois de ouvir a decisão de que terá de pagar uma indenização de 200 mil sóis (74 mil dólares) à família Flores. O holandês poderá sair da cadeia em menos de dez anos, pois presos com bom comportamento têm direito a redução de até dois terços da pena.
Ao sair escoltado do plenário, Van der Sloot não disse se irá recorrer da sentença. Van der Sloot diz que estrangulou, espancou e sufocou a jovem, em 30 de maio de 2010, porque a flagrou espiando seu laptop no quarto de hotel onde ele se hospedava. No computador havia e-mails sobre a morte da norte-americana Natalee Holloway, que havia desaparecido exatamente cinco anos antes, durante uma viagem de formatura de colégio a Aruba.
Van der Sloot na época vivia nessa ilha holandesa do Caribe, e chegou a ser preso duas vezes por suspeita de envolvimento no desaparecimento. Acabou não sendo indiciado por falta de provas, e porque o corpo nunca foi achado. Um juiz dos EUA na quinta-feira declarou Holloway como morta.