A ex-secretária de Estado Hillary Clinton assegurou nesta terça-feira a nomeação do Partido Democrata para a disputa da Casa Branca neste ano, tornando-se na primeira mulher na história norte-americana candidata à presidência por um dos grandes partido.
Numa demonstração simbólica de unidade do partido, o ex-rival de Hillary, senador Bernie Sanders disse que Hillary deveria ser escolhida como candidata do partido durante a votação nominal de Estado por Estado na convenção democrata na Filadélfia.
Mais cedo, delegados de Dakota do Sul deram a Hillary 15 votos, assegurando-lhe mais do que os 2.383 necessários para ganhar a nomeação. Hillary teve um total de 2.842, ante 1.865 votos para Sanders.
Depois de uma disputa dura com Sanders, Hillary vai agora representar o partido contra o escolhido republicano, Donald Trump, nas eleições de 8 de Novembro.
Delegados gritaram “Hillary, Hillary”, quando a senadora Barbara Mikulski, de Maryland, apresentou formalmente o nome da candidata para a votação em ordem alfabética. “Sim, nós quebramos barreiras. Eu quebrei uma barreira quando tornei-me a primeira mulher democrata eleita para o Senado por direito próprio”, disse Barbara Mikulski. “Então é de todo o coração que eu estou aqui para indicar Hillary Clinton para ser a primeira mulher presidente”, afirmou.
Sanders já tinha endossado Hillary, que foi primeira-dama e senadora, mas alguns dos simpatizantes do democrata protestaram na Filadélfia contra o aparente apoio da liderança do partido para Hillary durante as primárias democratas.
Apoiantes de Hillary dizem que a sua vivência em Washington mostra que ela tem a experiência necessária para estar na Casa Branca durante momentos difíceis, quando os EUA tentam acelerar a recuperação económica e enfrentam desafios relacionados à segurança no exterior. Críticos a vêem como complacente demais com os poderosos.