Hilary Mantel escreveu o seu nome na história, Terça-feira (16), ao tornar-se a primeira mulher e a primeira escritora (ou escritor) de origem britânica a ganhar duas vezes o cobiçado prémio literário de ficção Man Booker, por “Bring Up the Bodies”, continuação do aclamado “Wolf Hall”.
Antes, dois homens haviam conquistado a “dobradinha” – o sul-africano J.M. Coetzee e o australiano Peter Carey.
Peter Stothard, presidente do júri, descreveu Mantel como “a maior escritora da prosa inglesa moderna”, e disse a jornalistas que ela conseguiu re-escrever a arte da ficção histórica.
“Wolf Hall” ficcionaliza a ascensão de Thomas Cromwell, filho de um ferreiro, até o topo da corte de Henrique 8º. O livro havia recebido o Booker em 2009, com um prémio financeiro de 50 mil libras (80 mil dólares). “
Bring Up the Bodies”, lançado pelo selo Fourth Estate, da HarperCollins, retoma a acção em 1535, quando Ana Bolena cai em desgraça, para ser executada no ano seguinte.
“Essa é uma história sangrenta da morte de Ana Bolena e da busca de Ana Bolena, mas Hilary Mantel é uma escritora que pensa por meio do sangue.
Ela usa o seu poder de prosa para criar uma ambiguidade moral e a incerteza real sobre a vida política de então”, disse Stothard.
Mantel tem chance de tornar-se “tricampeã” do Booker – a terceira parte da trilogia, “The Mirror and the Light”, tem lançamento previsto para 2015.
