Os assaltos ou roubos com recurso a armas de fogo tendem a aumentar em Moçambique, a avaliar pelos relatos da Polícia. Esta redobra esforços para reduzir a proliferação e circulação ilegal destes instrumentos bélicos, que têm sido encontrados nas mãos dos malfeitores, mas as acções para o efeito parecem estar a fracassar.
Nesta terça-feira (18), o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa, queixou-se da situação no habitual informe semanal à Imprensa. Ele contou que a 08 de Novembro corrente, no bairro de Polana Caniço, em Maputo, um grupo de malfeitores não identificados recorreu a uma arma de fogo para amedrontar um compatriota que responde pelo nome de Bento, de 41 anos de idade, em plena via pública.
A vítima fazia-se transportar numa viatura cuja matrícula não foi revelada pelas autoridades, tendo sido ameaçada e retirado do interior da mesma à força. Os meliantes fugiram com o carro e ninguém sabe do seu paradeiro.
Um caso semelhante aconteceu no distrito de Ancuabe, na província de Cabo Delgado, onde um grupo de indivíduos em número não apurado, munido, também, de uma arma de fogo e picaretas arrombou uma barraca de um jovem identificado pelo nome de Alfredo, de 24 anos de idade, e apoderou-se de 30 mil meticais, telemóveis e outros produtos não especificados, narrou Pedro Cossa.
Na aldeia de Paparanharate, no distrito de Namuno, na província de Cabo Delgado, foram detidos dois moçambicanos que respondem pelos nomes de Nelson e Solapo, ambos de 18 anos de idade, Venâncio e Mateus, de 28 e 29 anos de idade, por na passada terça-feira (11) terem recorrido a uma arma de fogo para se introduzirem na residência de um cidadão identificado pelo nome de Eurico. Na casa da vítima, os supostos gatunos apoderaram-se de três motorizadas, cinco telemóveis, quatro catanas e 81 mil meticais, de acordo com Cossa.
De referir que na semana de 08 a 14 de Novembro corrente, a Polícia registou, em todo o país, 126 crimes, contra 130 de 2013, dos quais 101 foram esclarecidos. Destes, 95 foram contra propriedade, 47 contra pessoas e cinco contra ordem, segurança e tranquilidade públicas.